Pois é, já estamos todos de férias. E eu há já algum tempo. Ainda não tinha tido coragem de publicar cá nada.
No entanto havia um post que eu tinha planeado fazer quando acabasse o ano lectivo e agora já me sinto capaz disso.
A maioria de nós chegou agora ao fim do seu segundo ano em Arquitectura.
Eu também, embora com algumas diferenças:
- neste momento tenho, para além de dois anos de curso, um ano de Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada do Porto e um ano de Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Este post pretende ser um balanço, em alguns aspectos comparativo, destes dois últimos anos.
No entanto havia um post que eu tinha planeado fazer quando acabasse o ano lectivo e agora já me sinto capaz disso.
A maioria de nós chegou agora ao fim do seu segundo ano em Arquitectura.
Eu também, embora com algumas diferenças:
- neste momento tenho, para além de dois anos de curso, um ano de Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada do Porto e um ano de Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Este post pretende ser um balanço, em alguns aspectos comparativo, destes dois últimos anos.
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Durante o último ano, fartei-me de ouvir falar sobre
A escola do Porto. Esta expressão é invariavelmente utilizada para se referir à FAUP. Como se não houvesse ensino de arquitectura para além daí. Tempos houve (a História! Sempre - e tendencialmente também só - a História!) em que de facto a Faculdade de Arquitectura do Porto (quer ESBAP quer FAUP) deu cartas. Mas na minha modesta opinião, a aplicar-se ainda o conceito, a sua designação teria, à força da actualidade, de ser reformulada para As escolas do Porto. Porque já não há só uma. Há várias e diz-me a experiência recente que são igualmente válidas.
Parece haver - e felizmente! - motivos para optimismo. Notei, da parte das gerações mais novas de alunos e docentes da FAUP, uma grande vontade de "abrir" a faculdade e o seu ensino. De acabar com a atitude autista do "nós é que somos bons" – que me parece ainda ser muito associada àquela instituição (e que alguns professores parecem teimar em querer manter).
"A ver vamos".
No que toca ao ensino, as políticas de ambas as faculdades são semelhantes: projecto, projecto, projecto!
À parte isso, acho que na FAUP há, apesar de tudo, um maior foco na importância das disciplinas teóricas, que não senti na Lusíada. Enorme é a diferença a nível de desenho: aí a FAUP não perdoa. Em compensação, comparando o primeiro ano de projecto, os exercícios da Lusíada são consideravelmente mais complexos e exigentes.
Isso leva-nos a outra questão importante. Como disse uma vez o Chico e eu subscrevo "eu aprendi muita coisa na FAUP, mas nunca ninguém me ensinou nada". Pelo contrário, tenho muito guardadinho tudo aquilo que me foi realmente ensinado na Lusíada. Desde métodos de representação a conceitos gerais de organização do espaço. Melhor ou pior? Pedagogicamente não faço ideia; mas se a minha professora do ano passado não me tivesse ensinado a fazer um corte, também não iam ser, como verifiquei, os deste ano a fazê-lo.
Há ainda uma questão, que quanto a mim é absolutamente incontornável, que é a atitude de uma instituição de ensino face à evolução dos tempos, dos mecanismos e das ferramentas. Isto manifesta-se inversamente nas “minhas” duas faculdades. Enquanto que na Lusíada se aprende a trabalhar com AutoCAD numa disciplina do primeiro ano, para poder, no ano seguinte, utilizar essas ferramentas em Projecto, na FAUP insiste-se em andar dois anos a passar rigorosos a tinta da china antes de qualquer contacto com um computador (ser estranho para aqueles lados), sendo ele adiado para o terceiro ano. Desculpem se é de mim, mas andar a passar a tinta linhas intermináveis com 1 milímetro de distância entre si não corresponde ao meu conceito de “útil”. Nunca na minha vida vou ter necessidade de o voltar a fazer e ainda estou para descobrir em que é que tal contribui para a minha formação enquanto arquitecto. Mas enfim, parece que fazer a mesma coisa – com ainda mais rigor e perfeição – em 2 minutos num programa de computador que vou utilizar (se não o mesmo, um similiar) durante toda a minha vida profissional não se enquadra no perfil de uma instituição que diz ser A escola do Porto.
Continuo a achar que a FAUP está demasiado presa ao passado, que foi bom, mas que agora, mais do que lhe dar o brilho das medalhas, lhe está a dar uma resistência à evolução natural e inevitável das coisas. As outras faculdades – para o bem e para o mal – não têm esse passado, o que lhes permite ser muito mais apontadas para o futuro, como é o caso da Lusíada do Porto. Eis uma característica que prezo numa escola. Uma característica que, ou muito me engano, ou vai fazer a diferença mais tarde. Claro que uma faculdade como a Lusíada (que nem sei há quanto tempo tem o curso de arquitectura) ainda não teve tempo de se consolidar e formar grandes arquitectos. Mas sinto que isso está a mudar. Dêmos-lhe uns dez aninhos e, a não ser que – como espero – a FAUP mude radicalmente de estratégia, a Lusíada (que na minha opinião já não deve nada à FAUP!) vai ser uma competidora muito mais feroz no que diz respeito ao ensino de arquitectura no Porto. A história é muito boa... mas não chega.
Agora sobre o lado social da coisa.
Diz-se – e quem lá anda sente – que a FAUP é uma faculdade fria. Que propicia o individualismo. Conhece-se com facilidade (quase inevitavelmente!) todos os alunos do ano que se frequenta. Porém, isso deve-se ao facto de cada aluno ter várias turmas, consoante as disciplinas. E digo “porém”, porque se isso faz com que toda a gente se conheça, faz com que toda a gente se conheça muito mal, apenas superficialmente. A verdade é que a configuração quer espacial quer psicológica da faculdade torna muito muito difícil a convivência e a criação de quaisquer tipos de laços que saiam do campo estritamente profissional. Estamos lá é para trabalhar, pois então! Avé Siza!
(Pormenor assustador: as luzes das torres da FAUP não se apagam. Não dá. Podemos desligar todos os interruptores que duas lâmpadas de cada sala, pura e simplesmente não apagam. A faculdade não dorme... – Em Setembro verifiquem; agora estão apagadas, por causa das férias, suponho. Mas ainda assim é o tipo de coisa que contribui o clima obsessivo daquele sítio – contrariemos!!!)
Por seu lado, na Lusíada, eu só conhecia as pessoas da minha turma, que era só uma, para todas as disciplinas, mas conseguia efectivamente estar com elas, naturalmente e sem a necessidade de um esforço conjunto sem o qual não se fazem – ou mantêm – amigos na FAUP.
Ok, agora a questão óbvia: diferenças entre faculdade pública e faculdade privada.
Suponho que nem toda a gente concorde, mas neste caso as diferenças são insignificantes. Os cursos (e por cursos digo programas, disciplinas, corpo docente...), considero-os igualmente válidos e capazes de formar profissionais competentes. Os aspectos administrativos, esses, são maus em qualquer dos casos, e já desisti de acreditar em melhor. O “ambiente”, acho que depende mais da própria pessoa do que de qualquer outro factor; eu nunca consegui sentir-me bem na Lusíada, mas há muito boa gente que não a trocava por nada, e isso não me faz nenhum tipo de confusão.
A única diferença parece-me ser o maior ou menor número de gente que está em arquitectura porque é bem. Mas ter tido uma melhor média no secundário não é (de todo!) sinónimo de ser mais apto a vir a ser um bom arquitecto.
Agora vinha mesmo a calhar uma conclusão qualquer, não era?
Pois, mas acontece que este post não pretendia provar coisa nenhuma, foi simplesmente uma reflexão sobre este assunto. Não há, por isso, uma conclusão. A única coisa que posso dizer para rematar de alguma forma é apenas que estou muito satisfeito com a minha escolha. Apenas não tanto quanto esperava.
11 comentários:
Qual é a visão de quem só conhece a Lusíada? De quem só conhece a FAUP? De quem assiste a tudo isto da ESAP?
Qual é a visão de quem não é sequer de arquitectura?
Dado que temos gente de ambos os sítios e outros mais, espero que haja comentários que tornem esta reflexão mais completa!
*
QUANDO ALGUÉM FALA DE ALGO, FICAMOS A SABER MAIS ACERCA DESSE ALGUÉM DO QUE DA MATÉRIA DE QUE FALA...
Olha pá, não sei que comentário possa fazer.
É óbvio que não vou abordar o assunto das tuas reflexões, porque só estive na FAUP, e de visita (por acaso incompleta devido a uma falha da organização, que não avisou os serviços de segurança atenpadamente...)
Portanto, no cerne da questão eu estou a zero.
Mas também passei por uma Faculdade dessa UP, muito conceituada (que, de alguma maneira, também era considerada a"Escola do Porto"), onde as médias de licenciatura eram mais baixas que noutras faculdades, MAS CUJOS LICENCIADOS O MERCADO PREFERIA!
No meu tempo estava a começar o estudo das "Ciências da Computação" - com programação em cartões perfurados - e as calculadoras da Texas Instruments eram as mais procuradas por já efectuarem cálculo matricial. Mas nós não podíamos usá-las nos testes ou exames das cadeiras da área de matemáticas (ou de Contabilidade Analítica (ou "de Custos") - cadeirão com que muita gente acabava o curso...
Porquê?
"Porque há coisas que têm que "passar pelo corpo" para serem apreendidas.
Quero dizer: As máquinas são muito boas para facilitar a vida A QUEM JÁ TEM OS CONCEITOS - O CONHECIMENTO - INTERIORIZADO.
Nós, humanos, estamos sempre a procurar o máximo 'rendimento' com o mínimo esforço. E numa sociedade economicista como a actual essa é a regra de ouro.
Mas também é parte da humanidade do ser humano saber apreciar o resultado do seu próprio esforço em termos que não são mensuráveis.
Na busca do 'rendimento' preocupamo-nos com a QUANTIDADE (e muitas vezes não nos damos conta disso). Na busca da outra satisfação preocupamo-nos com a QUALIDADE (e isso também não é fácil de descortinar).
Se não percebeste não te preocupes muito.
Um dos alunos da FEP do meu tempo era dos partidários dos chamados QUANTITATIVISTAS e tem mostrado (claramente) em várias medidas que tem tomado à frente da gestão camarária, que não entendeu ainda como vai degradando...
... a QUALIDADE da cidade.
Mas não é só ele.
No geral a sociedade preocupa-se muito com o LUCRO , a PRODUÇÃO do LUCRO (e esquece-se de quem se apropria dele ou de como redistribuí-lo em benefício da vida das pessoas.
Mas isso levar-nos ia muito longe e já fui suficientemen chato.
Resta-me esperar que compreendam que este comentário é a continuação do qeu não está assinado.
Felicidades
Um abraço do Zé do Boné
Bons olhos te vejam, Zé! Há muito tempo que não aparecias, mesmo com as minhas provocações musicais! :)
Gostei do comentário. E, pelo menos até onde eu o percebi, estamos de acordo. Mas já que falas em qualidade, aproveito para aplicar a ideia ao acto projectual.
O que "vale", digo eu, e acho que não digo muito mal, é o projecto em si, as suas qualidades, aquelas que torna possíveis e que potencia no espaço à sua volta, em quem o habita... E isso, está lá sempre, seja a folha feita a tinta da china ou a computador.
O essencial da minha questão é:
Se em vez de passar 3 ou 4 dias a fazer rigorosos a tinta passar um par de horas a fazê-lo em computador, é mais tempo útil que me sobra para - e, como disse, aí pára a qualidade - desenvolver o meu projecto. Do meu ponto de vista o "verdadeiro" trabalho do arquitecto (leia-se: a criação e desenvolvimento de espaços - ou o que lhe quisermos chamar - e não somente a sua representação) só pode sair a ganhar.
Mas atenção: eu até acho bastante piada a fazer rigorosos a tinta! Não é o acto que me chateia; chateia-me é pensar que se pudesse ter utilizado esse tempo para efectivamente projectar (em vez de horas a fio a fazer linhas em piloto automático - seja a tinta ou lápis, aliás!), podia ter acabado o meu projecto com um 16 em vez de um 13! Ainda assim, não me parece mal que seja, num primeiro ano, obrigatório fazê-lo; mas pegar pela primeira vez num computador apenas no terceiro ano, parece-me simplesmente anacrónico.
Ó OGC, deixa-me dizer-te uma coisinha insignificante:
TU NÃO ÉS UM ARQUITECTO!!!!!
Tu és um ESTUDANTE DE ARQUITECTURA!
E quer tu queiras ou não FAZ PARTE, passar pelo sacrifício físico.
(Sem que venha muito a propósito, um ditado indiano - ou dessas bandas: a necessidade aguça o engenho)
"Necessidade" deve ler-se "dificuldade". Porque o acto inteligente (o que distingue o Homem dos outros animais) é o que encontra a solução para a circunstância actual.
Por exemplo: há pouco mais de 40 anos, numa máquina da mais avançada tecnologia disponível na época - que até estava dotada de um computador com a espantosa capacidade de 32 Kb de memória! -, dizia eu numa máquina que era a ponta de um projecto GIGANTESCO e PERFEITO em termos de PROGRAMAÇÃO, TÉCNICA e avaliado em milhares de milhões de $US e com uma importância política e ideológica enormíssima, foi um HOMEM, extremamente bem treinado, mas, acima de tudo com esse pequenino pormenor de ter LIVRE ARBÍTRIO e CONSCIÊNCIA, que tomou o comando daquela empresa toda e a salvou da catástrofe (e, se calhar, lá muito no íntimo, foi o seu instinto de sobrevivência) desviando o módulo lunar de uma zona rochosa para uma zona plana e aguentando o "suspense" de gastar o combustível até ao último segundo.....
E para conseguir isso todo passou por muitas provações.
Há tempos ouvi uma entrevista do pianista Sequeira Costa que a certa altura como que criticava o seu enteado e aluno Artur Pizarro por aceder à insistência dos agentes artísticos e dar muitos recitais/concertos por ano. E disse que o Artur Benedetti Michelangelli (não me recordo bem como se escreve...) só aparecia três a quatro vezes por ano.
Desafio-te: Por que terá ele dito isso? Que quererá ele dizer com isso?
Abraços
Zé do Boné
Esta discussão podia ser interminável! :)
Só é pena ser apenas a duas vozes quando podia (e devia!!! cof) ser a mais.
Acho que vale a pena voltar a salientar que:
eu concordo com o que dizes!!
Não acho que uma coisa invalide a outra.
Aliás: "...Porque o acto inteligente (o que distingue o Homem dos outros animais) é o que encontra a solução para a CIRCUNSTÂNCIA ACTUAL."
Eu percebo o que quiseste dizer com a história do Sequeira Costa, mas a "circunstância actual" que tu próprio referes não é a que era há uns anos. E - pelo menos por agora - é o Homem quem manda na Máquina, acto que não o torna menos capaz, antes pelo contrário, uma vez que deve ter as mesmas capacidades "intelectuais" da máquina que comanda, acrescido do livre arbítrio e consciência que também referes. Acho mais distinto dos outros animais - leia-se, mais inteligente - o homem capaz de - novamente - encontrar a solução para a circunstância actual, utilizando, para esse fim, os meios que a mesma circunstância lhe proporciona.
É sempre o Homem o implicado (seja o arquitecto ou o estudante de arquitectura! ;)). Há sempre um indivíduo dotado do engenho e da "resistência" para resolver o que precisa de ser resolvido. Eu não sei, mas há-de ter sido mais ou menos assim que surgiram os rigorosos a tinta: da necessidade de representar de forma perene os projectos desenvolvidos. A solução foi a tinta porque era a tinta que estava à disposição! Hoje é o computador.
EU CONCORDO que é importante saber fazer fogo com dois pauzinhos. Mas não utilizá-los como se não existissem isqueiros!
ola. Vou fazer apenas um curto comentário, porque o resto é demasiado e necessita que eu escreva outro post. Aqui explico apenas, segundo a explicação que me deram, que as luzes que nunca se apagam são uma medida de segurança. Ao que percebi têm qualquer coisa a ver com uma eventual necessidade de evacuar o edifício... De qualquer modo é só uma por sala, de todo insuficiente para se trabalhar lá à noite sem ligar as restantes.
Sou estudante de arquitectura
Sou aluno da FAUP
Vamos falar de arquitectura
A entrada para a universidade
A arquitectura não é uma arte que se inicie sem ferramentas. Isto assim dito, pode assemelhar-se banal a caber em qualquer contexto.
A questão que se deve colocar é a de saber que ferramentas devem ser essas. O que nos conduz a outra pergunta, “o que fazemos enquanto arquitectos?” E entre o que pensamos saber e o que desejamos vir a fazer, vamo-nos achando arquitectos e perguntando, “mas o que raio estamos a aprender?”
E esta pergunta aparentemente disparatada deveria ser colocada mais vezes. Porque os momentos de reflexão são importantes para o processo de assimilação.
Sendo mais objectivo, as medias de acesso às universidades não dizem a verdade. Elas são o resultado de um não tão exacto exercício de avaliação. Processos que não têm em consideração outros conhecimentos. A arquitectura não é geometria, muito menos matemática, ou sê-lo-á em muito pouco.
Eu pergunto se tem mais importância para um estudante de arquitectura saber e entender a matemática, ou conhecer e compreender a obra de Miguel Ângelo, Frank Lloyd Wrigh, Alvaro Siza...?
E no entanto a resposta parecer-nos-á imediata. Haverá quem diga a matemática, e não deixará de haver quem diga que conhecer e compreender o espaço é mais importante. Poderá haver ainda pessoas a dizer que para entender um é preciso entender outro. E contudo, sabendo eu, e considerando, tal entendimento, fundamental na formação do arquitecto, esse conhecimento não está directamente considerado na avaliação efectuada para a admissão à universidade. E outros exemplos há, porque um arquitecto não se esgota num saber.
Contudo, parece-me, este será o menor dos problemas desta nossa faculdade. O que mais me incomoda é (e para este anuncio faremos um suspense, não para prolongar o mistério, mas para amenizar a revelação) a sua falta de humildade. E esta é uma questão a todos os níveis. Sobre isto teria muito que dizer, mas basta-me: a escola não olha à sua volta e há muito (este “há muito” é a sensação que ficou depois de um ano) que vive na sombra daquilo que foi.
De qualquer forma acho abusivo estender a designação de “Escola do Porto” a outras universidades. A escola do porto talvez já não exista. Foi uma escola com um importante papel na sociedade. E isto basta.
Quantos aos exercícios. Na escola, as crianças começam por aprender a escrever e só depois aprendem a ler para poderem, posteriormente, interpretar textos e mais tarde os contestar. Não é certo querer aprender a escrever reescrevendo um texto sem sequer saber ler, muito menos interpretá-lo. Acho que o primeiro exercício da FAUP é ajustado e responde bem enquanto primeiro exercício.
Havia mais coisas a dizer.
Não sei se já responderam neste blog à pergunta “o que é arquitectura?”.
em relação ao teu artigo queria só apontar 5 coisas:
1. quando se fala em "escola do porto" não se esta a referir à instituição escola mas sim ao método de ensino
2. ninguém te ensinou a fazer um corte, mas foram-te mostrados e tentas, e fazes mal e os professores dizem e corrigem e assim desenvolves o teu próprio método de desenhar que não e incutido a toda a gente da mesma maneira
3. dois anos a desenhar a mão não é problema. À que saber desenhar a mão para fazer bons desenhos no computador (e isso ve-se muito bem nos alunos de ERASMUS que apresentam desenhos muito fracos quando se tem de desenhar à mão e falo de rigorosos, e os a computador são muito frios, se já o computador os faz frios imagina quando não se sabe de todo!)
4. o facto das luzes não se apagarem é mentira! são poucas as salas em que isso acontece, as outras é pq está alguém a trabalhar (sim pq na faup trabalha-se!
5. É uma faculdade competitiva é verdade mas tem muito boa gente e as pessoas ajudam-se, eu conheço e dou-me bem com toda a gente do meu ano e doutros anos também, uns mais que outros mas isso é normal!
já que ano concluíste, concluo eu: se foste prá faup foi pq quiseste e algum motivo foi, se não achas que é a melhor por outra razão qqr foi com certeza, e se não tas bem põe-te no caralho óh palhaço!
Uau! Só hoje é que vi este comentário!
Vou sempre achar deliciosa a coragem e a convicção que o anonimato dá a uma pessoa!
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