"Rampa de Alta Velocidade" tiago barros + jorge pereira
A fundação galp energia e a experimentadesign promoveram recentemente uma competição para uma nova ponte com ciclovia em Lisboa. Uma das Menções Honrosas foi a "high speed ramp" solução elaborada pelos arquitectos portugueses Tiago Barros + Jorge Pereira juntamente com os colaboradores: ines valente, natalie brazile, yoon-young hur and joao paulo fernandes e que se questionaram: "porquê mudar o caminho dos peões e ciclistas?".
A sua proposta consistiu, então numa rampa de alta-velociadade que permitiria aos peões e ciclistas um livre atravessamento da Estrada da Segunda Circular. Desta forma, a via automobilistíca é alterada pela presença de uma rampa, que actua como ponte para os veículos.
Os condutores são insentivados a acelerar na rampa. O projecto de barros e pereira providenciaria um evento de longa duração, que ocorreria de cada vez que um carro passasse. A rampa daria entertenimento, em conjunto com uma nova atracção turística, actuando como meio de desenvolvimento da zona.
4 comentários:
oh my...XD
Questionar o enunciado.
Gosto.
O que acontece sempre quando lês um enunciado, quando te é pedido um projecto, um trabalho, o que quer que seja, é pensar na melhor maneira de o fazer. Nunca questionas. Nuncas pensas "e se". Tens sempre a preocupação de fazer algo exequível, quando na verdade, às vezes o que faz realmente falta não é uma ponte, mas a capacidade de dizer "porquê uma ponte?".
Como no concurso de ideias para a cobertura da Rua Galeria de Paris. Também houve uma menção honrosa para a proposta do slogan "Para quê mudar o que está bem?", que não apresentou qualquer cobertura.
Lá está, nenhuma destas propostas ganhou efectivamente os concursos, mas também não era isso que pretendiam. Questionaram o enunciado, foram premiados por isso.
E eu acho bem.
(uma das ideias que procuro que me acompanhem:)
"O avião mostra-nos que um problema bem colocado encontra a sua solução. Desejar voar como um pássaro era colocar mal o problema (...). Inventar uma máquina de voar, sem lembranças concedidas a quem quer que seja de estranho à pura mecânica, isto é, procurar um plano sustendador e uma propulsão, era colocar correctamente o problema; em menos de 10 anos toda a gente podia voar."
"Para uma Arquitectura, pg. 75"
Quando não encontramos uma solução satisfatória, o melhor é recolocar o problema.
Ora aí está! :)
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