13 outubro 2006

Provocação

Hoje apetece-me deixar aqui uma provocação:



Abaixo o Gótico!

Abaixo o Barroco!

Abaixo o Ultra-Romantismo!

19 comentários:

Anónimo disse...

Ora aqui vai a resposta à provocação...

És um homem livre e como tal podes deitar abaixo do que entendas...,mas gostava de te dizer que o Barroco, também é aquilo que se afasta das regras,que é irregular e como tal sai «fora do quadrado»...

Dália Dias disse...

morte ao Dantas! Pum!

Anónimo disse...

És realmente o maior chiquinho!!!!! isso é uma provocação e pêras, que eu apoio quase incondicionalmente. Digo quase porque todos esses três movimentos artísticos (não digo "e literários" porque para mim a literatura é uma arte) serviram para criar uma certa diversidade de pensamentos, não permitindo a estagnação de ideias. Fora este aspecto, visto que são os três movimentos que servem como resposta da igreja ao que estava na altura a ser a "libertação dos infiéis", devem ser relacionados os movimentos às causas e reconhecidos como, muitas vezes, uma grande e óptima desculpa para acções que rebaixaram e prejudicaram (e continuam a prejudicar) a Humanidadde, na sua liberdade e capacidade de raciocínio crítico. Devem-se, no entanto, proclamar e admirar aqueles que conseguiram distanciar-se da exacerbação dessas ideologias e direccioná-las no sentido mais correcto (lembro-me agora de Rubens, Almeida Garrett e Cesário Verde). Bem, não vos chateio (aborreço) mais (se é que já não desistiram até aqui) e termino dando os parabéns a este blog e pedindo que continuem o bom trabalho. Abraços

Anónimo disse...

abaixo a historia? abaixo o teu passado? abaixo a ti?

nao baixes o que a ti está inerente e o que à humanidade pertence.

Pablo Chicasso disse...

Caro Pedro Bragança. Muito obrigado por responderes à minha provoção. Deixa-me apenas dizer que a faço porque para mim os princípios da Arte são por natureza classizantes. Ou seja, a Arte é harmonia, equilíbrio. Ora, nenhum dos movimentos que citei leva isto em grande consideração. Pelo menos no sentido estético que eu mais aprecio. Não era certamente por acaso que, na altura em que surgiram, as palavras Gótico e Barroco eram insultuosas. A História da Arte desenrola-se por ciclos que eu diria de "degradação" (entenda-se antes exagero). O Gótico pode muito bem ser o exagero dos pés-direitos, e na sua fase mais tardia da decoração de fachadas. Digamos que o primeiro ciclo começou no Românico e acaba aqui. Um novo começa com o Renascimento, depurando todo o exagero e voltando à harmonia e equilibrio. O Barroco é o outro extremo deste ciclo (exagero do pathos e decoração). A ele segue-se o Neo-clássico e assim por diante.
Eu gosto mais da Grécia Clássica e da sua revisitação em todas as partes iniciais dos ciclos que acabo de expor. Aceito e compreendo que haja quem prefira as outras fases (às quais não nego aliás o devido valor). Simplesmente eu não gosto delas.

Anónimo disse...

Morte ao Dantas ponto e virgula :x isso ja passou, meus senhores! tsc tsc. sou Dantas e com orgulho ;)

OGC disse...

Percebo o teu ponto de vista.
No entanto, se reparares, sem esses movimentos dos quais dizes não gostar, não terias a capacidade crítica para analisar - e gostar - dos outros movimentos que referiste.
Não havendo o "mau" também não há o "bom".

Já agora, acrescento que sou dos que acham que em Arte o exagero pode ser positivo. Adoro o Gótico. E não só, claro.

Anónimo disse...

Como dizia o Thomas Mann é preciso haver identificação entre a pessoa que vê a obra e a obra: a simpatia.
É por isso que a Arte é uma manifestação de Liberdade. É por isso que a Liberdade é muito importante (imprescindível?) para o aparecimento da Arte.
E perguntar o que é a Liberdade não é de todo descabido aqui...
Vocês sabem que Aantes de ser feito um filme (que pode pretender ser um objecto de Arte) são feitos estudos de mercado e testados comportamentos e cenas e evolução de argumento para procurar atingir certo tipo de pessoas (para eles "mercado")?...

Anónimo disse...

Podemos gostar. nao gostar.

Respeitar sempre.

Confio na sua visao. Admito que a vejo como bastante limitada.

Sem duvida que os tres estilos que referiu se afastam do ideal de Socrates até Decartes. Não é, contudo, apenas isso, a Arte. A monumentalidade, ornamentalidade existiu e serviu.
Nao consigo entender os ciclos hitoricos com distinção cronologica e inter afectiva. Isto é, se os tres estilos que referiu existiram, foi porque foram fruto de algo, no caso, da Sociedade que os criou; das mesma forma que serviu de fonte para os seguintes estilos beberem.
Ciclica, ou nao, a Historia entende-se assim.

Admito que as correntes do modernismo que correm na Arquitectura Le Corbusier, Mies Van der Roes, Frank Lloyd Whrite etc etc me chamam bastante mais a atenção. Não deixo de reconhecer que pela sucessão dos factos, são fruto do Neo Classico, do Barroco, Rococó.

Sem mais. um abraço

Anónimo disse...

Na passada 4ª feira ao cimo da página onde estava a crónica do Manuel Serrão, no JN, mesmo ao meio, vinha esta citação de Ortega Y Gasset (julgo que é assim que se escreve): Eu sou eu mais as minhas circunstâncias.
Fora do contexto em que foi escrita esta frase terá, talvez um significado diferente (que eu desconheço, pois nunca li aquele Autor e, confesso, fui muito mau aluno a Filosofia...), mas eu julgo que não estarei de todo errado se a interpretar assim: Cada um de nós é a sua pessoa com as características de personalidade e carácter que o meio social onde está inserido lhe permite desenvolver.
E em termos de Sociedade também assim será, em função das Ideias dominantes de cada período histórico.
É por isso que, para melhor compreender a Arte foi preciso "autonomizar" a História da Cultura e das Artes.
E como dizia o nosso Fernando Pessoa ('himself' ou através de um dos seus heterónimos): Nós somos Hoje o que fomos Ontem e Amanhã seremos o que somos Hoje.
Ou, então, o Sérgio Godinho (numa das suas canções populares/de intervenção que são autênticas obras de Arte) - Isto anda tudo ligado.
Em conclusão: Podemos não gostar do passado, mas não podemos esquecer que sem ele a nossa actualidade seria diferente. E não devemos viver o presente com intensidade e paixão (infelizmente só a espaços...) tendo sempre presente que depois há o Depois (Amanhã, se quizerem).

Anónimo disse...

Tenho de fazer uma correcção importantíssima ao último parágrafo do meu último comentário:
Onde está "E não devemos viver o presente" deveria estar "E não devemos deixas de viver o presente".
O sentido é completamente diferente.
O que eu queria referir era "Carpe Diem" (cfr o filme"O Clube dos Poetas Mortos", por exemplo)

Anónimo disse...

resposta à provocaçãO: "
a arte é LIXO ,
...........a arte é tOrTa.,
!!!nos gostªmos é de lixo
o extraordinário no lixo é que este é sempre ?mal? feito.
""""""""""TUDO o que é degradante (sem as aspas que lhe foram fornecidas) me ATIRA! .
Exacta é a ciência.
------>viva o mau gostOViva o que é
ToRtO
~~~~~~~~~~~~~~~~~~viva o que é feio.
! ! ! ! ! viva aquele que não passa desapercebido ! ! ! !
,e consegue obrigar quem pensa que não a dar lhe a sua devida importância mesmo que criando provocações.
"

Pablo Chicasso disse...

Caro Pedro, talvez não saibas exactamente quem sou e por isso não queiras arriscar um tratamento mais próximo. Fica pois sabendo que também eu sou um estudante de artes do 12º ano e por isso acho totalmente desnecessário o tratamento por "você" entre nós. Caso discordes é só dizer.

Voltando aos assuntos importantes. Julgo ter entendido que defendes uma evolução Histórica que se processa de forma linear. Discordo mas, como nisso nunca ninguém terá a última palavra, não discuto.
Para tentar por alguma ordem nas nossas cabeças vou deixar aqui palavras de quem sabe mais do que nós. São passagens do meu livro de Historia da Cultura e das Artes (Paulo Simões Nunes): «Enquanto a arte e a arquitectura Renascentista se alicerçava na escala humana e na compreensão racional das formas, a arte Barroca projecta o mistério e o impacto emocional; onde o Renascimento procurava a simplicidade, o Barroco procura a complexidade; onde havia clareza, existe agora ambiguidade; a unidade, a ordem e a regularidade da estética classicista, dá lugar à diversidade e à pluralidade dos efeitos.»
E Agora Herbert Read em O Significado da Arte: «Uma obra de arte pode afastar-se da normalidade de duas maneiras: uma, a direcção seguida pela arte clássica, é a maneira idealista - proporções ideais, harmonia ideal - numa palavra, beleza ideal; a outra, o caminho da fantasia, que é uma negação da realidade, uma contradição de todas as suas leis e raison d'être. Ambas conseguem dar prazer estético, cada um de nós prefere uma delas e, provavelmente, por uma questão de temperamento.»

Mudemos então ligeiramente de assunto. Eu enquadro-me no grupo dos que preferem a corrente classicista. Claramente estamos em desacordo. Mas então o que será que vai ser o futuro? O que defendes para a criação artística no futuro? Qual dos dois caminhos vai a arte seguir?

Pablo Chicasso disse...

Os meus parabéns a quem fez o comentário todo tOrTo. está muito criativo e assim é que se quer (classico ou não, é, perante a criatividade, secundário)

Anónimo disse...

é assim que se geram discussões: provocando.

não me apetece discutir. não provoco.


[mas continuo a dizer que a poesia pode muito bem ser realista. eheh!]

Anónimo disse...

Surpreenderei, meu caro, mas nao estamos em desacordo. de alguma forme. Sou um valente adepto do classicismo, revejo-me (quase) naquele espirito racional de rigor, procura pela inteligencia e saber (bem sei q nao o consigo).
Tudo o que quis dizer nao foi mais do que a evolução historica da arte foi uma sucessao encadeada de acontecimentos, que nao se destacam um dos outros nem se estabelecem ou afirmam com barreiras, autenticos, sem influencias. É uma especie de teoria da relatividade da historia. Não sou adepto dos períodos que referiste (este modo de tratar também me parece mais correcto). Bem pelo contrário, passei a noite a DECORAR caraterísticas esteticas, formais, tecnicas e tematicas do período rococó. e digo decorar, porque para encaixar naturalmente é mesmo preciso gostar. A Cultura da Festa Galante e dos Temas Pastorís é, pessoalmente, abominável. Nao posso deixar de compreender que foi o reflexo daquela sociedade (ou do extrato aristocratico)e que nada se pode (nem deve) fazer para retirar aquele pedaço de tempo. Até porque ele foi importante para relevar o destaque do Neoclassicismo (estilo que se seguiu) pela oponência à opolência (estranho!) barroca e rococó.
Como quando presidentes da Camâra do Porto ganham dois mandatos seguidos, era tão bom que pudessemos extrair estes pedaços de tempo para limpar tanto erro.

Quanto ao futuro da Arte, contrariamente ao espirito de alguns estudiosos, nao manifesto qualquer tipo de preocupação. O meu unico e exclusivo esforço vai para a participaçao e intervençao activa na sociedade, promovendo acções das diversas vertentes artísticas (é mesmo por isso que considero louvavel esta iniciativa).
Por falar nisso, conheces o Espaço Cultural Servartes?

Pablo Chicasso disse...

não, não conheço. fala-me de por favor.
(gostei de ler: "A Cultura da Festa Galante e dos Temas Pastorís é, pessoalmente, abominável." eheh!)

Pablo Chicasso disse...

ok joana esse nossa discussao fica para depois. mas eu ate gosto do realismo (adorei os mais p.e.) mas nao gostei nadinha mesmo da poesia de Cesario). para mim smplesmente nao se pode acabar um poema com: "e o peixe podre espalha focos de infecção". mas pronto...

Anónimo disse...

eiish. deixa-me falar-te do espaço servartes.
pedrobragancarib@hotmail.com