07 setembro 2007

AURS MESCLATZ AB ARGEN

Os teus dedos oxidaram uma espécie de tenacidade quando


habituámos os nossos corpos
sólidos à luz escura
e a espera (o tempo?) tornou-se, de repente, um fim.

satisfizemos o movimento em enlaces precários e
assim, naturalmente, nos preparámos para viver outros modos de ausência.

Nem de ouro ou prata, mas com as matérias que fundes,


dobrámos o sentido da decadência
a morte
pedaços de inferno na origem do amor.

E as razões da poesia brotaram, bêbadas, do metal líquido
enquanto a água da língua continua correndo por esse rasgão …


19.08.2007

Dália Dias

2 comentários:

OGC disse...

:)


[obrigado por continuar connosco.]

A do Costume disse...

sempre. até no lusitano...