04 setembro 2010



Garbage
"Sex is not the enemy"

No evolution
Sometimes it depresses me
The same old same
We keep repeating history
The institution curses curiosity
It's our conviction
Sex is not the enemy

A revolution
Is the solution
A revolution
Is the solution

I don't feel guilty
No matter what they're telling me
I won't feel dirty and buy into their misery
I won't be shamed cause I believe that love is free
It fuels the heart and sex is not my enemy

A revolution
Is the solution
A revolution
Is the solution

True love is like gold
There's not enough to go around
But then there's god and doesn't god love everyone?
Give me a choice
Give me a chance to turn the key and find my voice
Sex is not the enemy

A revolution
Is the solution
A revolution
Is the solution
Sex is not the enemy
A revolution 


7 comentários:

OGC disse...

Eu juro que isto pretendia iniciar um debate! lol

Carolina Búzio disse...

Lol!
Eu a modos que concordo... pelo menos da maneira que interpretei a letra.
Acho idiota a sociedade de hoje em dia aceitar muito bem a violência quando no que toca a sexo ficam todos chocados, ai que as nossas criancinhas não podem saber o que é isso.
Lembro-me de alguém me falar de um jogo, aquele em que és um ladrão, roubas carros, atropelas pessoas, matas, enfim, o objectivo é seres o gajo mais sacana e assim subir na vida...
A questão é que há uma parte em que é suposto conquistar uma rapariga, e o objectivo é que ela te convide a entrar. Claro que não vês nada... Mas um hackerzinho descobriu que os programadores tinham escondido no código um jogozinho em que pronto, vá, tinhas de levar a menina ao "prazer extremo".
E o que me choca é o facto de as pessoas, agora sim, terem ficado chocadas com o jogo e ai que temos de banir porque as nossas criancinhas são ingénuas e não podem ver sexo!!!
Incoerências da raça humana...

Voltaire disse...

Essa descrição cheira-me a gta lol

Julgo que o problema do choque que o sexo provoca na sociedade tem a ver com a sua forte base de valores judaico-cristãos e não se cinge apenas à preservação da ingenuidade infantil.

Há toda uma noção de que o corpo é pecado e como tal o sexo e o prazer a ele inerente também o são. O "pecado original" o 1º pecado que é referido no antigo testamento e que levou a que adão e eva se envergonhassem ao tomarem consciência da sua nudez é exactamente o corporal, o sexual.
E por mais laicismo que nasça na sociedade, há uma carga de valores ocidentais que assenta nessa vertente. (Ocidentais e não só, que para o Islamismo funciona a mesma métrica uma vez que é uma religião originária destas.)

É essa preservação da inocência, da mentalidade sem “pecado” que a sociedade pretende proteger as crianças, no entanto dá-lhes de inicio uma visão…pecaminosa…de que é proibido e é um “inimigo”. Isso, a meu ver provoca o oposto, as crianças vão crescendo e com natural curiosidade vão procurando sem orientação, crescendo permanecem com a noção de que tais assuntos são tabu.

No “maravilhoso mundo novo” de Aldous Huxley, (a história passa-se num futuro hipotético), é revelada uma faceta sexual muito natural dessa sociedade. Escrito em 1932, já se notava tal crítica. Nesse tal mundo (longe de ser perfeito) a sexualidade era natural e as crianças tinham consiência dela. Para tal, haviam-se perdido os valores descritos acima. (de facto até os próprios anos já não são contados a partir de cristo.)

Se a sociedade, como aí e como defende a música, visse o sexo sem “pecado” os seus tabus desapareceriam, e a possibilidade de uma educação sexual eficaz seria mais real. Julgo que se assim fosse, seria bem mais fácil uma comunicação entre educadores e crianças e o choque possível tanto para adultos ou crianças não existiria.

O sexo não tem nada de mal, no entanto é essa a mensagem passada, mensgem que fica muitas das vezes até à idade adulta sentindo-se as pessoas constrangidas perante imagens do nú ou temáticas a ele relacionadas.

Será assim? Acho que divaguei um pouco mas ainda me faltou referir a violência... mais tarde concluo lol

Carolina Búzio disse...

Gostei de ler o teu comentário, Sérgio.

Creio que tecnicamente quem começou a divagar fui eu, que fugi à questão do sexo na nossa sociedade e centrei-me mais na violência vs sexo no que toca ao que a sociedade considera por bem proteger das mentes das crianças.(estava mais a comentar algo que considero incoerente..)

Suponho que terá de ser pé ante pé... é uma questão de tempo (espero) até haver menos tabu, até às pessoas estarem mais à vontade para falar sobre isso.
A sociedade, as pessoas, apesar de tudo (a meu ver) têm vindo a ficar um pouco mais frontais no seu discurso (não falo de verdade, isso é um pouco mais discutível...)
Apesar de tudo creio que desde a sociedade de, por exemplo, 1800 até aos dias de hoje, assuntos como este têm vindo a ser mais debatidos e mais frequentemente, e hoje em dia "só não sabe quem não quer"...
A internet permitiu o acesso à pornografia, sim, mas também a fontes de conhecimento que podem esclarecer muitas dúvidas e questões.

Pablo Chicasso disse...

Eu não interpretei tanto do ponto de vista dos tabus sobre sexo em geral mas antes sobre determinados códigos de conduta relacionados com sexo.
Não sou antropólogo mas sei que o sexo, como todas e principalmente as mais importantes actividades humanas, é e sempre foi codificado e ritualizado. Numas sociedades e tempos de forma mais estrita, noutros menos, mas sempre codificado. É, portanto, ingénuo pensar que uma revolução possa modificar isso. Mas a música pode ser ingénua porque não é antropologia; até lhe fica bem.

Acredito, ainda assim, numa possibilidade de codificações sobre o sexo mais amplas. Mais flexíveis e menos categorizadoras - com mais espaço para a individualidade e para a liberdade individual.
Em termos mais objectivos, falo de codificações que, no limite, poderiam levar à dissolução dos limites entre hetero, homo e bissexualidade. Excluir-se-ia assim a classificação (a "rotulagem") e a permanência que lhe está subjacente. A identidade sexual poderia ser assim mais individual e, ao mesmo tempo, mais plural e flexível.

Mas, se a intenção era começar um debate, porque ainda não disseste nada? ;)

OGC disse...

Eu pus a música ao barulho, já é dizer alguma coisa! :P

Ora então.

Primeiro sobre o GTA de que a Carolina falava, eu não tinha conhecimento desse episódio, mas tanto quanto sei, nas versões mais recentes do jogo, o sexo explícito é prática corrente (no último que eu joguei acho que só se viam carros a abanar, mas creio que agora é mesmo assumido). E realmente é incoerente aceitar tudo o resto sem levantar grandes ondas e depois armar escândalo.

Também gostei muito do comentário do Sérgio-ipedia, que contextualizou a questão toda e do que a Carolina lembrou - muito bem - sobre a questão da informação, e do acesso à informação, que agora existe independentemente do que as pessoas achem ou não aceitável discutir livremente e em público. Isso já foi um grande avanço.

Quanto à codificação da sexualidade, concordo plenamente com a ideia de um eventual 'fim' da rotulagem, quase numa tabela, em que a verificação de determinados parâmetros faz de ti isto ou aquilo. Penso que isso acontece também pela necessidade de sistematizar as diferentes realidades, o que eu percebo. Acho é que, lá está, o significado que atribuímos às palavras, que vão continuar a existir, deve tornar-se mais amplo e menos restritivo do próprio comportamento; as pessoas, para si mesmas, não devem deixar-se limitar pelo nome com que se definem, enquadrarem-se em determinados aspectos associados a uma terminologia não as deve (não as pode) definir. Ie, os comportamentos é que podem definir as terminologias, nunca o contrário. Ia dizer que isso nem sempre acontece, mas acho mesmo que quase nunca acontece: a maior parte da sociedade, tanto quanto se pensa saber pelas estatísticas e pelo dia-a-dia é heterossexual e tem, por isso, um determinado comportamento padrão. A minha dúvida é se esse comportamento seria o mesmo se não nascêssemos todos, logo à partida, forçosamente heterossexuais. Defendo a teoria de que muitos heteros só são heteros porque nunca questionaram esse 'facto', nunca estiveram disponíveis a pôr outras hipóteses. É impossível ser-se amarelo quando na nossa cabeça só existe azul.

Pablo Chicasso disse...

"a maior parte da sociedade, tanto quanto se pensa saber pelas estatísticas e pelo dia-a-dia é heterossexual"

Quando escreveste isto pensei: isso é o que nós pensamos. Ou melhor, é verdade mas não exactamente tanto quanto nós pensamos. E lembrei-me de um filme que ainda não vi inteiramente baseado na história real do relatório Kinsey. Foi uma investigação feita em 1948 / 1953 sobre comportamentos sexuais nos EUA. No fundo, o que revelou é que a realidade era bastante diferente da ideia que temos dela.

Particularmente sobre o assunto de que falei no comentário anterior, encontrei esta afirmação: "Kinsey said in both the Male and Female volumes that it was impossible to determine the number of persons who are "homosexual" or "heterosexual". It was only possible to determine behavior at any given time."

Para além disso, vejam o link sobre a Kinsey's heterossexual-homossexual rating scale: http://www.kinseyinstitute.org/research/ak-hhscale.html#other

Dados da pesquisa de 48/53: http://www.kinseyinstitute.org/resources/ak-data.html

Página de FAQ's do Instituto Kinsey:http://www.kinseyinstitute.org/resources/FAQ.html#top

Página de Links organizada pelo mesmo instituto: http://www.kinseyinstitute.org/resources/sexlinks.html

Para ver o filme: http://www.megavideo.com/?v=SDVNS8KQ
(ou então combinamos um dia em minha casa pk tenho em DVD)