ok Orlando. para já não tenho grandes comentários a fazer. talvez mais tarde... mas posso-te dizer que definitivamente os Placebo não são a minha onda.
A ideia era só obrigar-nos a pensar um bocado no que mudou, no que causou essa mudança e na maneira como isso se reflecte em nós novamente.
Será que fomos só perdendo qualidade? Ou é simplesmente uma outra qualidade? Teremos sido nós a mudar, e a levar o que nos rodeia connosco? Teremos sido levados para 'o lado negro da força'? Ou teremos só descoberto outras coisas? Seremos agora melhores? Piores? Diferentes?
Era mais por aí que eu queria levar o debate, independentemente dos gostos pessoais que nos movem.
Para além disso, reconheço que não tenho o teu jeito para provocações. Achei que não era preciso 'picar' nenhuma das partes para que nos manifestássemos. Em todo o caso, a ser preciso, conto com a tua ajuda! :)
Certamente muita coisa mudou entre o século XVIII e o nosso. na música, passou-se da harmonia clássica ao atonalismo que pode ser comparável a uma mudança tão radical quanto a da pintura se compararmos o renascimento com o abstracionismo. portanto não há dúvida que são universos totalmente diferentes. (depois continuo k agora n tenho tempo)
adoro ambos,são bons e fazem-me sentir coisas diferentes...e acho que o principal está no facto de me fazerem sentir bem e fazerem com que a minha alma dance =)....e claro, a qualidade das composições é extrema.talvez seja de salientar mozart pelo facto de ter vivido na época em que viveu,o que muda a visão sobre o tipo de música que compunha.talvez isso seja de salientar.foi mais revolucionário,na minha opinião, do que os placebo,e trouxe inovação e poder à música.os placebo vieram duma sociedade mais moderna e aberta, em que pegaram nas suas influêcias, aplicaram-nas e deram-lhes o seu toque pessoal...mozart criou algo mais grandioso que não pode ser contestado, pela sua genealidade,e que talvez por isso se torne mais fascinante.
er...desculpem a invasão...gostei deste blog...é diferente,bonito
Olha lá ó Orlando. Tu por acaso és megalómano? Por, assim, sem mais nem menos, do pé para a mão duas realidades tão diferentes de duas épocas tão distantes (em tudo!) em confronto e depois esperar que comentemos é "ENCOMENDA" que não se faz nem a um faraó.... Já te deste conta de que: por exemplo, na informática: - Em Setembro de 1956 a IBM lançou o 305 RAMAC, o primeiro Computador com Hard Disk (HDD) O HDD pesava perto de 1 Tonelada e tinha a capacidade de 5Mb... Faz-nos apreciar melhor a nossa PEN Drive de 2 GB, não? ...
- Na época de Mozart ele (e todos os outros artistas) era um CRIADO - como os outros. E que um dos factos mais importantes da vida dele foi o de ter sido o primeiro (pelo menos um dos primeiros) a tentar trabalhar como "free lancer" - como se diz agora!... (Ah! E ainda não havia o "copyright" - que só foi inventado no século XIX, quase XX!)
-como sou "cota" parei pouco depois dos Beatles (vá lá - Santana, Crosby Steels Nash & Young, Chicago Transit Authority) e, por isso, a minha opinião sobre os PLACEBO é pouco válida. Mas acho-os fraquinhos, quando se compara o que eles fazem com o que aqueles "lá atrás" fizeram. Acho até que NESTE TIPO DE MÚSICA - Rock e semelhantes - a capacidade de criação parou por volta dos anos 80 do século passado. A partir daí vem tudo "embrulhado" em "packages" para vender o produto.
E, nessa perspectiva acho que realmente a qualidade da criação humana está pior agora, e a única coisa que está a crescer a bom ritmo é a capacidade de aumentar a degradação que se mostra! O lado negro da força está a ganhar terreno.
E eu penso que isso tem muito a ver com o facto de o ensino da Arte estar reduzido, nas escolas secundárias, ao "ghetto" dos alunos que "vão" para Artes. E por isso é que eu penso que os de Artes são os melhores alunos: para além de terem de se preparar para resolver problemas técnicos, têm de se preocupar com a relação com os outros, com o passado, com o presente, com o futuro, com os problemas de mercado, mas, sobretudo, fazem isso numa perspectiva de sentir tudo, e por tudo sentirem, questionam-se e questionam o que os envolvem. Os outros, infelizmente para eles e para a Humanidade, são levados a acreditar que a técnica é que é, o que se consegue com ela é suficiente e satisfaz o momento presente, e o presente é o que interessa porque, "no período longo estaremos todos mortos" (John Maynard Keynes - economista inglês que formulou uma teoria muito importante para sair das crises que foi utilizada pela primeira vez na Alemanha, por Adolf Hitler!)
Se tivesse feito uma 'coisa' assim, faria talvez : Joy Division[finais de 70]/She Wants Revenge[2005] ou Lloyd Cole[80]/Camera Obscura[96]... por aí.
Mas tu arriscaste[-te]. Foste bastante mais longe. Eu ficar-me-ia pela perspectiva das décadas. Tu foste aos séculos! Realmente, é fantástico observar essa diferença [sim, é diferente, nem melhor, nem pior] radical.
Sobre a música actual, não acho que se esteja a deteriorar. Parece estranho isto, vindo de mim, que estou sempre a dizer que só queria ter vivido nos anos 70/80 [um pouco antes, também], mas apenas o digo porque muitas das minhas bandas favoritas são dessa época : Joy Division, The Doors, Pink Floyd, Led Zeppelin, Blondie, The Smiths, The Clash, Bob Dylan, David Bowie, A Flock of Seagulls, Gang of Four, XTC, The Jesus and Mary Chain, Velvet Underground, New Order, The Cure, Ramones, PULP, Serge Gainsbourg, Talking Heads, e ainda antes[!] Johnny Cash, etc etc [algumas destas bandas, felizmente, ainda continuam a tocar e a gravar].
No entanto, eu olho à volta e vejo, hoje, bandas como Arcade Fire, Belle & Sebastian, Jeff Buckley, Camera Obscura, Le Tigre, She Wants Revenge, CocoRosie, Radiohead, Klaxons, The Knife, The Strokes, Interpol, Sigur Rós, PJ Harvey, Yeah Yeah Yeahs, Beirut, toda a família Damon Albarn [Blur, Gorillaz, The Good The Bad and The Queen, ..], Badly Drawn Boy, CSS, Air, Aimee Mann, Devotchka, etc etc etc e, em referência ao post, Placebo [caraças!, os Placebo foram apadrinhados pelo David Bowie (assim como os Arcade Fire) e, se ouvirem falar na actuação conjunta dos dois, não pensem que foram os Placebo que convidaram o Bowie, mas sim o Bowie que pediu para tocar com eles..], tal como pelos The Cure.
É claro que estas bandas trazem referências e sonoridades dos seus antecessores. Já não há muito [para não dizer 'nada'] de novo para fazer. O que se ouve é reciclagem. Se eu acho isso mal? Não, longe disso! Se for uma boa reciclagem, óptimo! Não deixarei de ouvir os 'clássicos', os que causaram as verdadeiras revoluções, mas vou sempre querer conhecer as novas bandas que surgem. E sempre que descobrir algo novo, ficarei toda contente. O que tem acontecido, cada vez mais, e que causa essa ideia de a música estar a piorar, é a [cada vez maior] facilicade em fazer música. Qualquer pessoa, agora, lança um álbum. O que existe agora em peso são os "15 minutos de fama" do Andy Warhol. Grande parte do 'mal' é culpa das grandes editoras e distribuidoras, que deixaram de se interessar pela arte musical, e passaram a concentrar a sua atenção na arte do dinheiro [não estou, com isto, com isto a dizer que todas as editoras etc são assim; apenas generalizo]. A música, como toda a sociedade, começa a assentar-se cada vez mais num consumismo exacerbado: usa e deita fora. E isso é o que chega às massas, é o que passa nas rádios, é o que passa na TV. A boa música não desapareceu, ela existe, temos é que procurar por ela. E vale a pena procurá-la, sem nunca deixar de ouvir o que está para trás. A música, como tudo, tem História, e essa história tem sequência. E, está, actualmente, na minha opinião, de muito boa saúde! O problema é que as coisas más são mais conhecidas e têm mais sucesso. Houve uma altura em que isso me deixava fula. Hoje, já não me incomoda, desde que não me obriguem a ouvi-la. Ouço o que quero, o que escolho, o que procuro, o que encontro. E há coisas muito, mesmo muito, boas para se encontrarem.
Ok. do comentário de Bolas! tenhoa dizer que não desculpo a invasão. pelo contrário, é claro, agradeço-a. O que nós queremos é gente a comentar. Diversidade. por isso: obrigado. Do post de não chamem pai a outro quero aproveitar a referencia ao facto de Mozart trabalhar por encomenda mas recusar totalmente a negação da música não erudita a partir dos anos oitenta (vamos chamar-lhe assim para não restringir só ao rock) Começo pelo segundo caso. Há muita música de qualidade nesse campo, infelizmente talvez a maior parte não esteja devidamente divulgada. É verdade que aqui dou o braço a torcer e admito que a popularidade é um factor que leva muitas bandas que até eram boas a perderem qualidade à medida que o seu sucesso aumenta. mesmo assim ainda sobra alguma coisa.
voltando a Mozart, quero dizer que também aqui a pressão das enomendas foi por vezes prejudicial. por exemplo num cilco de missas que eu agora não recordo qual. o que interessa é que a cada domingo, Mozart tinha de apresentar uma missa nova. Isso dá uma semana para compor, ensaiar coro, orquestra, solistas(4) e apresentar no domingo de manha. obviamente a qualidade sofreu com isto e com um pouco de atenção repara-se que o sompositor acabou por ter de usar sempre a mesma "receita" prejudicando a creatividade.
Poderemos então concluir, que a questão do 'agradar' sempre com a mesma receita, pode aplicar-se tanto agora como há uns séculos atrás?
Talvez, Não Chamem Pai A Outro (bolas, tenho sempre de andar para cima e para baixo para ver com que nome é que assinou! :P) o que se passa actualmente tenha também sido inventado nessa fornada de génios criativos.
sim, de certo modo podemos concluir que a pressão de um público já foi no passado e é no presente um factor que tem por vezes prejudicado a qualidade da arte. nos dias de hoje, por exemplo, teme-se que isso possa acontecer com o florescente mercado de arte da Ásia. alguns artistas chegam a ter longas filas de espera para trabalhos seus. ou seja, a obra ainda nem está executada e já tem comprador. os críticos temem que os artistas comecem a trocar a qualidade pela quantidade.
10 comentários:
ok Orlando. para já não tenho grandes comentários a fazer. talvez mais tarde... mas posso-te dizer que definitivamente os Placebo não são a minha onda.
A ideia era só obrigar-nos a pensar um bocado no que mudou, no que causou essa mudança e na maneira como isso se reflecte em nós novamente.
Será que fomos só perdendo qualidade? Ou é simplesmente uma outra qualidade?
Teremos sido nós a mudar, e a levar o que nos rodeia connosco? Teremos sido levados para 'o lado negro da força'? Ou teremos só descoberto outras coisas?
Seremos agora melhores? Piores?
Diferentes?
Era mais por aí que eu queria levar o debate, independentemente dos gostos pessoais que nos movem.
Para além disso, reconheço que não tenho o teu jeito para provocações. Achei que não era preciso 'picar' nenhuma das partes para que nos manifestássemos.
Em todo o caso, a ser preciso, conto com a tua ajuda! :)
Certamente muita coisa mudou entre o século XVIII e o nosso. na música, passou-se da harmonia clássica ao atonalismo que pode ser comparável a uma mudança tão radical quanto a da pintura se compararmos o renascimento com o abstracionismo. portanto não há dúvida que são universos totalmente diferentes. (depois continuo k agora n tenho tempo)
adoro ambos,são bons e fazem-me sentir coisas diferentes...e acho que o principal está no facto de me fazerem sentir bem e fazerem com que a minha alma dance =)....e claro, a qualidade das composições é extrema.talvez seja de salientar mozart pelo facto de ter vivido na época em que viveu,o que muda a visão sobre o tipo de música que compunha.talvez isso seja de salientar.foi mais revolucionário,na minha opinião, do que os placebo,e trouxe inovação e poder à música.os placebo vieram duma sociedade mais moderna e aberta, em que pegaram nas suas influêcias, aplicaram-nas e deram-lhes o seu toque pessoal...mozart criou algo mais grandioso que não pode ser contestado, pela sua genealidade,e que talvez por isso se torne mais fascinante.
er...desculpem a invasão...gostei deste blog...é diferente,bonito
=D beijo*
Olha lá ó Orlando. Tu por acaso és megalómano?
Por, assim, sem mais nem menos, do pé para a mão duas realidades tão diferentes de duas épocas tão distantes (em tudo!) em confronto e depois esperar que comentemos é "ENCOMENDA" que não se faz nem a um faraó....
Já te deste conta de que:
por exemplo, na informática:
- Em Setembro de 1956 a IBM lançou o 305 RAMAC, o primeiro Computador com Hard Disk (HDD)
O HDD pesava perto de 1 Tonelada e tinha a capacidade de 5Mb...
Faz-nos apreciar melhor a nossa PEN Drive de 2 GB, não? ...
- Na época de Mozart ele (e todos os outros artistas) era um CRIADO - como os outros. E que um dos factos mais importantes da vida dele foi o de ter sido o primeiro (pelo menos um dos primeiros) a tentar trabalhar como "free lancer" - como se diz agora!... (Ah! E ainda não havia o "copyright" - que só foi inventado no século XIX, quase XX!)
-como sou "cota" parei pouco depois dos Beatles (vá lá - Santana, Crosby Steels Nash & Young, Chicago Transit Authority) e, por isso, a minha opinião sobre os PLACEBO é pouco válida. Mas acho-os fraquinhos, quando se compara o que eles fazem com o que aqueles "lá atrás" fizeram. Acho até que NESTE TIPO DE MÚSICA - Rock e semelhantes - a capacidade de criação parou por volta dos anos 80 do século passado. A partir daí vem tudo "embrulhado" em "packages" para vender o produto.
E, nessa perspectiva acho que realmente a qualidade da criação humana está pior agora, e a única coisa que está a crescer a bom ritmo é a capacidade de aumentar a degradação que se mostra!
O lado negro da força está a ganhar terreno.
E eu penso que isso tem muito a ver com o facto de o ensino da Arte estar reduzido, nas escolas secundárias, ao "ghetto" dos alunos que "vão" para Artes. E por isso é que eu penso que os de Artes são os melhores alunos: para além de terem de se preparar para resolver problemas técnicos, têm de se preocupar com a relação com os outros, com o passado, com o presente, com o futuro, com os problemas de mercado, mas, sobretudo, fazem isso numa perspectiva de sentir tudo, e por tudo sentirem, questionam-se e questionam o que os envolvem.
Os outros, infelizmente para eles e para a Humanidade, são levados a acreditar que a técnica é que é, o que se consegue com ela é suficiente e satisfaz o momento presente, e o presente é o que interessa porque, "no período longo estaremos todos mortos" (John Maynard Keynes - economista inglês que formulou uma teoria muito importante para sair das crises que foi utilizada pela primeira vez na Alemanha, por Adolf Hitler!)
curioso..
Se tivesse feito uma 'coisa' assim, faria talvez : Joy Division[finais de 70]/She Wants Revenge[2005] ou Lloyd Cole[80]/Camera Obscura[96]... por aí.
Mas tu arriscaste[-te]. Foste bastante mais longe. Eu ficar-me-ia pela perspectiva das décadas. Tu foste aos séculos! Realmente, é fantástico observar essa diferença [sim, é diferente, nem melhor, nem pior] radical.
Sobre a música actual, não acho que se esteja a deteriorar. Parece estranho isto, vindo de mim, que estou sempre a dizer que só queria ter vivido nos anos 70/80 [um pouco antes, também], mas apenas o digo porque muitas das minhas bandas favoritas são dessa época : Joy Division, The Doors, Pink Floyd, Led Zeppelin, Blondie, The Smiths, The Clash, Bob Dylan, David Bowie, A Flock of Seagulls, Gang of Four, XTC, The Jesus and Mary Chain, Velvet Underground, New Order, The Cure, Ramones, PULP, Serge Gainsbourg, Talking Heads, e ainda antes[!] Johnny Cash, etc etc [algumas destas bandas, felizmente, ainda continuam a tocar e a gravar].
No entanto, eu olho à volta e vejo, hoje, bandas como Arcade Fire, Belle & Sebastian, Jeff Buckley, Camera Obscura, Le Tigre, She Wants Revenge, CocoRosie, Radiohead, Klaxons, The Knife, The Strokes, Interpol, Sigur Rós, PJ Harvey, Yeah Yeah Yeahs, Beirut, toda a família Damon Albarn [Blur, Gorillaz, The Good The Bad and The Queen, ..], Badly Drawn Boy, CSS, Air, Aimee Mann, Devotchka, etc etc etc e, em referência ao post, Placebo [caraças!, os Placebo foram apadrinhados pelo David Bowie (assim como os Arcade Fire) e, se ouvirem falar na actuação conjunta dos dois, não pensem que foram os Placebo que convidaram o Bowie, mas sim o Bowie que pediu para tocar com eles..], tal como pelos The Cure.
É claro que estas bandas trazem referências e sonoridades dos seus antecessores. Já não há muito [para não dizer 'nada'] de novo para fazer. O que se ouve é reciclagem. Se eu acho isso mal? Não, longe disso! Se for uma boa reciclagem, óptimo! Não deixarei de ouvir os 'clássicos', os que causaram as verdadeiras revoluções, mas vou sempre querer conhecer as novas bandas que surgem. E sempre que descobrir algo novo, ficarei toda contente.
O que tem acontecido, cada vez mais, e que causa essa ideia de a música estar a piorar, é a [cada vez maior] facilicade em fazer música. Qualquer pessoa, agora, lança um álbum. O que existe agora em peso são os "15 minutos de fama" do Andy Warhol. Grande parte do 'mal' é culpa das grandes editoras e distribuidoras, que deixaram de se interessar pela arte musical, e passaram a concentrar a sua atenção na arte do dinheiro [não estou, com isto, com isto a dizer que todas as editoras etc são assim; apenas generalizo]. A música, como toda a sociedade, começa a assentar-se cada vez mais num consumismo exacerbado: usa e deita fora. E isso é o que chega às massas, é o que passa nas rádios, é o que passa na TV. A boa música não desapareceu, ela existe, temos é que procurar por ela. E vale a pena procurá-la, sem nunca deixar de ouvir o que está para trás. A música, como tudo, tem História, e essa história tem sequência. E, está, actualmente, na minha opinião, de muito boa saúde! O problema é que as coisas más são mais conhecidas e têm mais sucesso. Houve uma altura em que isso me deixava fula. Hoje, já não me incomoda, desde que não me obriguem a ouvi-la. Ouço o que quero, o que escolho, o que procuro, o que encontro. E há coisas muito, mesmo muito, boas para se encontrarem.
Ok. do comentário de Bolas! tenhoa dizer que não desculpo a invasão. pelo contrário, é claro, agradeço-a. O que nós queremos é gente a comentar. Diversidade. por isso: obrigado. Do post de não chamem pai a outro quero aproveitar a referencia ao facto de Mozart trabalhar por encomenda mas recusar totalmente a negação da música não erudita a partir dos anos oitenta (vamos chamar-lhe assim para não restringir só ao rock) Começo pelo segundo caso. Há muita música de qualidade nesse campo, infelizmente talvez a maior parte não esteja devidamente divulgada. É verdade que aqui dou o braço a torcer e admito que a popularidade é um factor que leva muitas bandas que até eram boas a perderem qualidade à medida que o seu sucesso aumenta. mesmo assim ainda sobra alguma coisa.
voltando a Mozart, quero dizer que também aqui a pressão das enomendas foi por vezes prejudicial. por exemplo num cilco de missas que eu agora não recordo qual. o que interessa é que a cada domingo, Mozart tinha de apresentar uma missa nova. Isso dá uma semana para compor, ensaiar coro, orquestra, solistas(4) e apresentar no domingo de manha. obviamente a qualidade sofreu com isto e com um pouco de atenção repara-se que o sompositor acabou por ter de usar sempre a mesma "receita" prejudicando a creatividade.
Poderemos então concluir, que a questão do 'agradar' sempre com a mesma receita, pode aplicar-se tanto agora como há uns séculos atrás?
Talvez, Não Chamem Pai A Outro (bolas, tenho sempre de andar para cima e para baixo para ver com que nome é que assinou! :P) o que se passa actualmente tenha também sido inventado nessa fornada de génios criativos.
sim, de certo modo podemos concluir que a pressão de um público já foi no passado e é no presente um factor que tem por vezes prejudicado a qualidade da arte.
nos dias de hoje, por exemplo, teme-se que isso possa acontecer com o florescente mercado de arte da Ásia. alguns artistas chegam a ter longas filas de espera para trabalhos seus. ou seja, a obra ainda nem está executada e já tem comprador. os críticos temem que os artistas comecem a trocar a qualidade pela quantidade.
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