28 maio 2007

O Pecado Mora ao Lado



Pois é... parece que ainda agora começámos e esta já é a sessão de encerramento das nossas noites cinematográficas...

E quem melhor do que Marilyn Monroe para terminar em beleza?

É verdade, a célebre cena da saia esvoaçante é daqui, como, aliás, se pode ver na imagem.

A entrada é livre, a alunos e convidados, por isso aproveita e aparece!

4 comentários:

Anónimo disse...

Mora mesmo, ao lado. Com a soberba loura (lembrem-se que era castanha, descolorada, por razões comerciais). Em vez de Marylin, dizer mulher, como fes o poeta...Lá estaremos!

Anónimo disse...

como fez, evidentemente...o lapso on-line.

Anónimo disse...

A propósito da sensualidade da Marylin, aconselho-vos o livro de António Gancho, As Dioptrias de Elisa, do melhor, ao jeito do Mário Henrique Leiria.

O autor, recentemente desaparecido, foi diagnosticado,como esquizofrénico e esteve internado em várias instituições psiquiátricas, dos 20 anos até à sua morte. Contudo isto não o impediu de escrever coisas maravilhosas, cheias de sensualidade,mas também repletas de grande sofrimento e desespero.
A crítica social, é também algo sempre presente...

Aqui vai um poema dele,´só para aguçar o apetite...HOW RIDICULOUS THEY ARE



Os intelectuais soen muy ben zurrar
na literatura na poesia no café
Ai how ridiculous ridiculous they are
é verdade ou não, Lord Byron, é ou não é?
Nas pastelarias nas igrejas no café
ai sobretudo sobretudo no café
é verdade ou não é, Lord Byron, é verdade ou não é?
Ai how ridiculous they are
zurrar o sabem no da fror
tempo em que as burras muito hão-de ganhar
como é de D. Dinis (com modificações) o teor





de O Ar da Manhã, Assírio & ALvim, 1995

Anónimo disse...

Poetas do Mundo - Portugal - António Gancho (1940 - 2006)

Resigno-me à função



Isto de fazer poesia
não tem não mais que fazê-la.
Põe-se o papel, pega-se no lápis
e à moela da inspiração
falemos assim, digamos assim
não se diz não.
Começa-se não mal
que se comece bem
depois de tal
vem que as imagens
ou as comparações
escrevem e metem-se no meio
do que tu supões.
Depois dentre nós dois
ou o Céu ou o Inferno
ou Deus ou o Diabo
a bela ou o quadritérnio
inspiro-me, inspiras-te,
escrevo, começo e acabo.
Não abro o coração
em dois
que não vem depois
mais sangue fluido
a falar.
Abra-se antes na função
poética
coisas como o mar
o luar, o acabar das horas
e dos dias, na poesia romântica,
e na quântica outras
coisas, outras noções,
as quantas são que não
na romântica
aqui nesta já as leis
do coração, a função
entre dois corações
mas fisiologicamente
e na romântica
apaixonadamente mais quente.
Resigno-me à função
de fazer poesia.
Esfria-me é
o condão muitas vezes
mas a teses como
esta ou uma tese
qualquer
quero fazer eu
um poema também.
Resigno-me à função.
Submeto-me à função.
Subjugo-me à função.
E não vou mais longe.
Escrevo. Poesia.
O hábito faz o monge
e eu um dia vou longe
se escrever muito em poesia.
Doutra maneira dizia que
vale mais fazer a poesia
que dizê-la
que ela de guia tem
e serve-se de bela.